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domingo, 19 de setembro de 2010

Música Adventista

Um Ministério de Música
Erton Kohler, Diretor do Ministério de Música Adventista da
Divisão Sul-Americana, Brasília, DF
Paulo escreveu sua primeira carta aos Coríntios buscando ajudar uma igreja dividida. Se você lê-la com atenção vai ver que procura esclarecer algumas questões que causavam polêmica na igreja. Uma delas era o dom de línguas. Uma confusão sem sentido, que agradava a um grupo de membros. Eles defendiam suas atitudes como saudáveis e necessárias para edificar a igreja.
Diante da situação Paulo faz uma profunda apresentação mostrando que não importa o quanto alguma coisa pareça fazer bem para a igreja, é preciso que seja compreensível e verdadeiramente edificante.
No meio de suas orientações ele dá um conselho precioso, que vai além do dom de línguas e envolve a música. Aliás, uma pergunta seguida por duas soluções ou orientações.
Em I Coríntios 14:15 ele diz: “Que farei então? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”.
Esta é uma forma de encarar a música diferente do convencional. Para Paulo a música precisa ter sentimento, criação, emoção – o espírito; mas também ser vista e analisada pelo ângulo da razão - entendimento.
Diante de seu envolvimento com a música Adventista, é importante parar para fazer uma análise da música Adventista. Você já parou para pensar como tem sido sua relação com a nossa música?
A razão nos leva a encarar algumas realidades que precisam ser desenvolvidas.:
1. A música adventista precisa se tornar um resultado de mais oração, missão e integração e de menos discussão.
É comum em encontros, apresentações musicais, comissões, ou mesmo em conversas sobre música acontecerem sérias discussões entre defensores de estilos diferentes de música. São os chamados conservadores e liberais em ação.
Em muitos casos ainda não aprendemos que discussão e confronto nunca vão resolver a questão, por mais razão que alguém tenha.
Precisamos ter sempre em mente que somos uma igreja e temos um Deus. Nossas atitudes precisam refletir essa realidade. Há uma direção maior, justa e sobrenatural. Se alguma música ou músico não são como acreditamos que deveriam ser, precisamos demonstrar que temos o amor de Deus em nossa vida e ele se manifesta no trato com as pessoas. Vamos conversar sempre como irmãos, pessoas que se amam e se respeitam. Essa é a verdadeira atitude cristã.
Se a mudança que esperamos não acontece, é tempo de orar. O que a discussão não faz a oração é capaz de fazer. Se orássemos mais como líderes, músicos e membros, pela música e pelos músicos, veríamos muito mais milagres, harmonia e poder nesta área.
3. É preciso fortalecer a visão de um ministério de música Adventista.
Essa visão passa por alguns pontos:
a. Maior unidade entre músicos e pastores
Todos são ministros, apesar dos formatos de ministério serem diferentes. Os dois têm o mesmo objetivo – a salvação.
É muito triste ouvir gente falando por ai: “Pastores não podem falar de música porque esta não é a área deles”. Ou mesmo: “Os músicos são um risco ou um problema constante com suas produções”.
Esta separação não apenas enfraquece os dois, como limita extremamente o cumprimento da missão da igreja.
Aqueles que falam dos Pastores precisam melhorar sua visão. Realmente a maioria deles não são músicos e não entendem tecnicamente de música, apesar de haver um bom grupo deles que também tem preparo na área.
Por outro lado, eles entendem de Bíblia e devem ser porta-vozes da vontade de Deus.
Não podemos esquecer que Moisés não foi médico nem advogado, mesmo dentro da realidade de sua época, mas escreveu a base das leis civis e sanitárias de uma nação. Ellen White não era educadora, mas escreveu sólidas e respeitadas orientações nesta área e em várias outras.
As orientações de Deus estão acima da formação técnica. Afinal, Ele é o criador de todas as coisas.
Este preconceito deveria desaparecer pelo bem do ministério da música. Já aqueles que falam dos músicos, também precisam melhorar sua visão. Os músicos não são um risco, muito menos um problema, mas são colaboradores do ministério. Afinal, receberam um dom extremamente útil, fundamental e importante e que foi dado diretamente pelo Espírito Santo.
É aos músicos que a igreja recorre, sempre que precisa de músicas para seus eventos, CDs, hinários, etc.
São os músicos que, pelo poder de Deus, tem composto hinos que vem gravando mensagens espirituais e tocando corações por anos e por gerações.
Precisamos fortalecer a unidade entre os ministérios da igreja, especialmente o da Música e o pastoral. Os dois têm uma grande influência, um grande poder e uma grande missão.
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