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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A falta de critérios para a música sacra


Fonte - Questão de Confiança

Nota DDP: A propósito das considerações sempre oportunas do Pr. Douglas Reis, gostaria de relatar, sem qualquer juízo de valor, algumas realidades que observei viajando para uma das grandes capitais brasileiras, onde existe uma retransmissora de rádio adventista:
- Propaganda de livrarias evangélicas inseridas em nossa programação;
- Propaganda de loja de roupas, até onde entendi de propriedade de pastores evangélicos, para os ouvintes ficarem na 'moda';
- Propaganda de 'show' liderado por expoente da música evangélica, com participação de vários músicos adventistas;
- Não tenho como precisar em números, mas ao que me parece a participação de músicas evangélicas na programação é bem expressiva.

É o que tinha a relatar, que cada forme seu juízo sobre estas questões, inclusive sobre como isso há de refletir no ambiente adventista, uma vez que, isso não me furto a dizer, é absolutamente óbvio que se tem um preço a pagar com esse tipo de abertura.

Música altera batimento cardíaco

Música clássica é capaz de mudar a taxa de batimentos cardíacos tanto em pessoas saudáveis quanto em pacientes em estado vegetativo, sugerindo que ela pode afetar os sistemas neurais da emoção mesmo quando o pensamento consciente está ausente. Francesco Riganello e sua equipe, do Instituto Santa Anna, em Crotone, Itália, tocaram quatro músicas clássicas para 16 voluntários saudáveis enquanto mediam seus batimentos cardíacos. A equipe repetiu o experimento com 9 pacientes em estado vegetativo. Os pesquisadores também pediram aos voluntários saudáveis para descrever as emoções que sentiam enquanto escutavam as músicas. As peças, de três minutos cada uma e de diferentes compositores, foram escolhidas devido a seus diferentes ritmos, fator que produz emoções tanto positivas e quanto negativas.

Riganello descobriu que a música afetou a taxa de batimentos cardíacos da mesma forma nos dois grupos. Músicas consideradas "positivas" pelos voluntários saudáveis, como o minueto do quinteto de cordas em Mi Maior, de Boccherini, diminuíram a taxa de batimentos cardíacos, enquanto músicas "negativas", como a sexta sinfonia de Tchaikovsky, aumentaram os batimentos.

Uma pessoa está em estado vegetativo quando não apresenta nenhuma resposta comportamental visível a estímulos externos. "Em geral, acredita-se que pacientes vegetativos estão isolados do mundo externo, mas essa ideia pode estar incorreta", diz Riganello.

Padrões cardíacos observados em pessoas saudáveis ao escutar a música de Boccherini em estudos anteriores indicam que os pacientes ficavam mais relaxados. Riganello sugere que algo semelhante poderia estar acontecendo em pacientes em estado vegetativo.

Ele acredita que a reação se origina em regiões inferiores do cérebro, como os sistemas límbico e paralímbico, que controlam emoções e respostas autônomas e podem permanecer ativos mesmo depois de lesões cerebrais extensas. [...]

O estudo foi publicado no periódico Clinical Neurophysiology.

(BOL Notícias)

Nota Michelson Borges: Depois de ler sobre essa pesquisa e o poder do ritmo no que tange às emoções, fiquei pensando em certos tipos de música ritmadas que são executadas em igrejas, ambiente que deveria levar os adoradores ao contato com Deus, à introspecção e reflexão, e estimular tão somente "sentimentos positivos" e não agitação. Se a melodia e o ritmo são capazes de nos influenciar mesmo inconscientemente, não adianta colocar letra religiosa num estilo musical próprio para a danceteria. Cria-se, assim, conflito e afasta-se o adorador do adequado contato com o Divino.